A justificativa esquiva para o absurdo vídeo que…

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Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chocou ao postar um vídeo feito por Inteligência Artificial (IA) que apresentava seu plano para a Faixa de Gaza, ao transformá-la na “Riviera do Oriente Médio”. A publicação gerou uma chuva de críticas por converter um cenário de guerra em um paraíso turístico. Em meio às reações ruidosas, Solo Avital, que criou o vídeo, se esquivou da culpa ao afirmar nesta quinta-feira, 6, que se tratava de uma sátira à “ideia megalomaníaca” do republicano. 

+ O bizarro vídeo postado por Trump para mostrar ‘Riviera de Gaza’, seu plano pós-guerra

O clipe foi postado depois de Trump delinear, recentemente, os conceitos de um plano para os Estados Unidos assumirem o controle da Faixa de Gaza. Criado por Avital, que diz ser dono de uma produtora de filmes, o vídeo de 30 segundos começa com cenas de destruição no enclave costeiro, onde militares israelenses travaram uma ofensiva retaliatória por 15 meses para tentar erradicar os militantes do Hamas, em resposta aos ataques de 7 de outubro a Israel. A cena de abertura é sobreposta ao texto “Gaza 2025”.

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Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Avital contou que criou o vídeo em cerca de oito horas e que o compartilhamento o “surpreendeu profundamente”. Cidadão americano nascido em Israel, ele explicou que pediu à plataforma Arcana AI que criasse “uma sátira sobre essa ideia megalomaníaca de colocar estátuas [em Gaza]”. Depois, mandou o resultado — que foi divulgado, mais tarde, por Trump — para os amigos. Mas o seu parceiro de negócios, Ariel Vromen, foi além e publicou a peça nas redes sociais.

Depois, convenceu o amigo a retirar a publicação do ar porque “poderia ser um pouco insensível” e que não queria “tomar partido”. Uma versão inicial foi compartilhada com o ator Mel Gibson, embaixador especial em Hollywood do governo Trump, que já havia trabalhado com a dupla. Avital afirmou que o artista alegou não ter enviado o vídeo para o republicano, apesar de ter disseminado outras criações sobre o incêndio florestal em Los Angeles. Não se sabe, portanto, como o clipe chegou às mãos do presidente americano.

Notícias falsas e IA

Pouco depois, o cineasta foi acordado por milhares de mensagens de amigos, informando sobre a postagem de Trump. Questionado sobre as críticas, ele argumentou ao The Guardian que “se fosse uma esquete do Saturday Night Live (popular programa de comédia nos EUA), toda a percepção disso na mídia seria o oposto — veja como esse presidente é selvagem e suas ideias, todo mundo pensaria que é uma piada”. 

O episódio, segundo ele, mostrou “como as notícias falsas se espalham quando cada rede pega o que quer e empurra para seus espectadores com suas narrativas anexadas”. Avital também disse que esperava que a experiência “gerasse um debate público sobre os direitos e erros” da IA, defendida pelo cineasta como “a melhor coisa que aconteceu à criatividade, de longe”.



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